O Caminho dos Monges é um trajeto com 42 km de extensão, traçado entre os concelhos de Lamego e Tarouca. Percorrer este Caminho, é vivenciar o espírito empreendedor dos Monges da Ordem de Cister, que, orando e laborando, souberam moldar a região, atuando como importantes agentes transformadores da paisagem, ao cultivar terras e vinhas, e ao criar património histórico e monumental inigualável.

Mosteiro de São João de Tarouca

 

Este foi o primeiro mosteiro da Ordem de Cister fundado no séc. XII, em território português.
 
Encontra-se junto do rio Varosa, uma vez que era condição da Ordem de Cister, que os edifícios fossem erguidos junto de cursos de água.
 
A fachada da igreja, reconstruída no séc. XVII, mantem uma inscrição com a data do início da sua construção: 1152. Na Casa da Tulha, antigo celeiro monástico, pode ver a reconstituição tridimensional do Mosteiro, sendo este o espaço que acolhe o centro interpretativo do Mosteiro.
 
O Mosteiro de São João de Tarouca é surpreendente pelas sua fachadas e interiores, sendo um dos lugares mais procurados por quem visita a região do Douro e do Vale Varosa.

Ponte Românica de São João de Tarouca

 

O segundo ponto neste percurso, é a Ponte Românica de São João de Tarouca, que maravilha qualquer um com a sua paisagem onde os montes e rio se reúnem.
 
É mais um exemplar do estilo românico.
 
Com um só arco, e construída em alvenaria de granito, as suas pedras contam a história dos monges cistercienses, responsáveis pela sua edificação.
 
Nesta, é possível avistar pequenas cascatas, moinhos, e alguns socalcos que envolvem o caminho que se avizinha e a vegetação que a rodeia.

Ponte Românica de Mondim da Beira

 

Construída entre os séculos XIII e XIV, de arquitetura românica e gótica, a ponte de Mondim da Beira, possui dois arcos, atingindo o seu ponto mais alto no enfiamento do fecho do arco maior.
 
A ponte alicerça-se entre os dois arcos, em afloramentos rochosos no meio do rio, e situa-se na via medieval que ligava Mondim da Beira a São João de Tarouca.
 
Ao seu redor encontra-se um pequeno parque de lazer, e uma praia fluvial.

Arco da Paradela

 

Este pequeno monumento é um arco memorial do séc. XII e XIII.
 
Segundo fontes bibliográficas, existiam inicialmente 3 arcos, porém, dois desapareceram com os anos.
 
Para uns, este arco está associado à passagem de um cortejo fúnebre, sendo um monumento funerário construído para o túmulo de Diogo Anes, que, em 1175 era o proprietário do terreno.
 
Para outros, é um marco monumental que se ergueu para demarcar o limite do Couto do Mosteiro de São João de Tarouca.

Morro da Alcâcima 

 

Na parte superior da cidade, encontra-se o Morro de Alcâcima, onde antigamente estava o castelo medieval, cuja lembrança permanece somente no escudo da cidade.
 
Aqui pode usufruir de vistas privilegiadas de toda a cidade e paisagens do vale.
 
É um espaço de lazer para toda a família, composto por um miradouro, uma igreja, uma horta biológica, vários animais, um parque infantil, um ginásio ao ar livre e diversas mesinhas para um piquenique à sombra das árvores.

Casa do Paço de Dalvares

 

A Casa do Paço de Dalvares, edifício cuja origem remonta à Idade Média, pertenceu em tempos a D. Egas Moniz (aio de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal), que a terá passado aos seus descendentes.
 
Visitar a Casa do Paço, um dos ex-libris de Tarouca, constitui um bom ponto de partida para conhecer o concelho, e o melhor que a região tem para oferecer.
 
Nesta, terá a oportunidade de desfrutar de uma visita única ao Museu do Espumante Murganheira, referência nacional de vinhos e espumantes.

Ucanha

 

Ucanha, é uma pequena aldeia de Tarouca.
 
Um dos seus maiores pontos turísticos é a ponte fortificada sobre o rio Varosa, edificada durante os séculos XIV-XV, com a particularidade de ter uma torre associada.
 
A torre, construída em 1465 por iniciativa do abade do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, D. Fernando, tinha como função a cobrança de portagens a todos os que pretendiam atravessar o rio.
 
Por ordem deste abade, foi também erigido, em 1472, um hospital nas proximidades da ponte, para auxíliodospobres eviajantes.

Mosteiro de Santa Maria de Salzedas

 

Foi no seu tempo, um dos maiores mosteiros cistercienses de Portugal, donatário de vastas terras em redor, com obrigação de as cultivar e povoar.
 
A sua construção iniciou-se em 1155, logo após a doação das terras feita à Ordem por Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, e sua mulher, Teresa Afonso.
 
Foi sagrado em 1255, quando o complexo monástico ficou completo.
 
A igreja, de grandes dimensões, sobressai, imponente, no meio do casario uniforme da pequena povoação que se formou a oriente.

Capela de São Pedro de Balsemão

 

A capela de S. Pedro de Balsemão é o mais antigo de todos os monumentos de Lamego e, de acordo com alguns historiadores, o segundo da Península Ibérica.
 
A sua origem suévico-visigótica remonta ao séc. VII, ao tempo de Sisebuto (rei visigótico que chegou a cunhar moeda em Lamego).
 
De raro valor histórico e arqueológico, a Capela conserva grande parte da sua traça original, e a grandiosidade do seu interior preserva o ambiente misterioso de épocas distantes.

Sé Catedral de Lamego

 

A fachada e o interior da Sé Catedral de Lamego integram estilos arquitetônicos de várias épocas.
 
O edifício que hoje existe, começou a ser construído em 1159 sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, erigida algumas décadas antes.
 
Em 1175 foi consagrada e dedicada a Santa Maria e São Sebastião. De arquitetura românica original, este grandioso monumento surpreende todos os seus visitantes com uma sensação de beleza única e de monumentalidade indescritível.

Museu de Lamego

 

O Museu de Lamego, fundado em 1917, na sequência da implantação da República, e da consequente nacionalização dos bens da Igreja, está instalado no edifício do antigo Paço Episcopal, tendo sido mandado reedificar no séc. XVIII, pelo bispo D. Manuel de Vasconcelos Pereira.
 
O Museu de Lamego oferece-lhe a possibilidade de ficar a conhecer autenticas relíquias e tesouros nacionais de coleções absolutamente belas.

Castelo e Cisterna de Lamego

 

No ponto mais alto da cidade, encontra-se o Castelo construído pelos mouros, onde, no século XII, servia de miradouro e defesa.
 
A torre de menagem (séc. XII), com vinte metros de altura, tem nas suas faces frestas de iluminação, algumas alteradas no séc. XVI para serem transformadas em janelas, por ordem do último conde de Marialva, D. Francisco Coutinho.
 
Na Cisterna (séc. XIII), transformada num espaço expositivo, é convidado a mergulhar no passado da cidade, evocado a partir de sons, imagens e memórias projetadas nas suas pedras.

Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

 

A primeira capela do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios foi mandada construir pelo bispo D. Durando, em 1361, dedicada a Santo Estêvão.
 
Dois séculos depois, a Capela foi substituída por outra, com uma imagem de N. Senhora dos Remédios trazidadeRoma.
 
A partir de 1750 o atual Santuário começou a ser construído, sendo que foi concluídosomente em1905.
 
A subida para o Santuário, com os seus 686 degraus da escadaria barroca , encontra-se rodeado pelo místico Parque de Santo Estevão, e pelas obras escultóricas que enriquecem o monumental escadório e amenizam a longa subida.